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Julho das Pretas celebra força e beleza das mulheres negras em Ananindeua
Evento na Praça da Bíblia reuniu feira, desfiles e atrações culturais para valorizar a cultura afro-brasileira e a luta das mulheres pretas por respeito e dignidade
Por Jamille Sousa (ASCOM)
Serviços gratuitos de beleza.A Praça da Bíblia, no centro de Ananindeua, foi palco de um evento especial na última quinta-feira, 31 de julho. A Prefeitura de Ananindeua, por meio da Secretaria Municipal de Direitos Humanos (SECDH), realizou a primeira edição do Julho das Pretas, uma programação dedicada à cultura, beleza e resistência das mulheres negras.
O evento marcou o encerramento das atividades do mês de julho, em alusão ao Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, celebrado no dia 25. Durante a tarde e início da noite, quem passou pela praça pôde prestigiar uma feira de empreendedoras negras, participar de serviços de beleza gratuitos, assistir a desfiles de moda afro e conferir apresentações culturais que exaltaram a história e a força das mulheres pretas.
Lívia Noronha, Secretária Municipal de Direitos Humanos - SECDH.A secretária municipal de Direitos Humanos, Lívia Noronha, destacou que o objetivo do evento foi dar visibilidade às mulheres negras que lutam diariamente por espaço e reconhecimento.
“O mês de julho tem um dia muito importante, que é o 25 de julho. Hoje, dia 31, nós estamos encerrando esse mês com chave de ouro, com uma feira de empreendedoras negras, serviços de estética gratuitos, apresentações culturais, tudo para lembrar da importância dessas mulheres que constroem o Brasil no dia a dia. Mulheres que precisam ser valorizadas na sua cultura, na sua resistência e na sua beleza”, afirmou.
Lívia também explicou que o Julho das Pretas foi uma ação integrada, que contou com o apoio de outras secretarias, como a Secretaria da Mulher (SEMMU) e a Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Trabalho (SEMCAT), unindo esforços para garantir uma programação completa para a população.
Eloiá Carneiro, universitária de 33 anos, marajoara e moradora de Ananindeua.Entre as participantes do evento estava Eloiá Carneiro, universitária de 33 anos, marajoara e moradora de Ananindeua. Ela participou do desfile de moda afro, usando roupas que representam a cultura africana, e se emocionou com a importância do momento.
“Participar desse evento é algo que vai muito além da representatividade. É resistência, é a nossa voz, o nosso direito de viver e de estar viva hoje. Me sinto lisonjeada de mostrar que nós, mulheres pretas, somos firmes, fortes e unidas. A gente não vai se abater nunca”, declarou.